Plano Energético do RS é apresentado no Prata da Casa
Documento revela o potencial do setor no Estado
O primeiro Prata da Casa do ano de 2016, promovido pela Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim, em parceria com o Sindicato Rural de Erechim, teve como tema o Plano Estratégico do RS. O evento, realizado nesta quinta-feira, 16 de junho, teve como palestrante o Diretor da Secretaria de Minas e Energia do RS, José Francisco Braga.
O presidente da ACCIE, Claudionor Mores, que abriu a reunião-almoço, anunciou que o tema central do debate deste ano nos Pratas da Casa será o setor energético. Ele também anunciou uma reunião que estará acontecendo em julho, na ACCIE, sobre a Agenda 2020, um movimento que une os gaúchos através da organização de projetos e apresentação de propostas para o futuro do Rio Grande do Sul. Em solidariedade à família do empresário Davide Zorzi, que perdeu a vida tragicamente, Claudionor fez uma homenagem e propôs a todos um minuto de silêncio.
Em sua palestra, Diretor da Secretaria de Minas e Energia do RS, José Francisco Braga, falou que o Plano Energético do RS tem mais de mil páginas e 21 capítulos, e apresenta, de forma regionalizada, um conjunto de diretrizes e propostas para o setor energético estadual, cuja finalidade é garantir o abastecimento de energia continuado e com qualidade, que propicie o desenvolvimento econômico do Estado e atenda às necessidades do povo gaúcho. O Plano explicita o potencial para a geração de energia e elege as fontes que podem ser mais bem exploradas no Rio Grande do Sul. O documento também aponta os obstáculos que precisam ser enfrentados para um abastecimento de energia continuado e com qualidade ao longo da próxima década.
Conforme explicou, o desenvolvimento do trabalho, que foi resultado de uma peregrinação dos técnicos por 17 regiões do Estado, contemplou propostas de políticas públicas para a área energética do Estado. Além disso, o documento traz diretrizes de conservação e uso racional de energia, contextualiza o papel crescente das energias limpas e renováveis na nossa matriz energética, bem como aborda a incorporação de novas tecnologias na geração, distribuição e consumo.
RESULTADOS ESPERADOS
Segundo Braga, os resultados esperados com o Plano Energético são a otimização quanto à diversificação da matriz energética; a valorização dos energéticos próprios de cada Região; o aperfeiçoamento das informações quanto ao comportamento da demanda energética; o aprimoramento da contabilização dos intercâmbios de energia para os ambientes nacional e internacional; o estabelecimento de políticas para captação de recursos financeiros para investimentos no segmento energético estadual; a criação de polos industriais para fabricação de produtos destinados à produção e transformação de energéticos; a formações de parcerias (SPE e PPP) voltadas para o desenvolvimento do segmento energético.
Segundo o palestrante, o trabalho serve como ferramenta para o desenvolvimento do planejamento energético de médio e longo prazo, estando à disposição dos gestores públicos e privados. Com base nas informações e nos dados, por ele disponibilizado, é possível traçar estratégias e definir políticas que garantam a segurança e a qualidade do suprimento energético no Rio Grande do Sul, pois todos os tipos de energia, julgados como cativos do Estado, foram contemplados, bem como as características físicas dos principais sistemas de produção, transporte e de distribuição de energia.
Também falaram o presidente do Conselho de Consumidores da RGE, Claiton Pires, e o presidente do Sindicato Rural, João Picoli. Ambos defenderam o Programa Energia Forte no Campo, como um dos prioritários para alavancar o setor do agronegócio, uma vez que o meio rural não conta com energia trifásica.
Confira a apresentação da palestra: http://accie.com.br/wp-